quarta-feira, 8 de julho de 2015

PELO MUNDO AFORA: PARTE 2 - OS JARDINS E A CASA DE MONET

CLOS NORMAND

Monet aprendeu técnicas de jardinagem, paisagismo, irrigação e terraplanagem para construir os seus jardins. Nada foi plantado de forma aleatória, embora o artista não os tenha desenhado.
Ele idealizou o Clos Normand para que despertasse o interesse das pessoas durante todo o ano: Na 
primavera e no verão, o que se vê é uma profusão de cores brilhantes: amarelos, lavanda, violetas. Nos meses mais frios, girassóis, dálias vermelhas e laranjas é o que vemos. A verdade é que o lugar certamente é lindo em qualquer época do ano. Parecíamos crianças no parque da Disney. Sabe quando a gente fica sem saber para onde olhar diante de tanta beleza? 

                    Se no verão as flores estavam assim, imagina na primavera como elas ficam.

No final de sua vida, Monet havia plantado mais de 1800 espécies de flores e plantas que ele plantava de acordo com suas cores, deixando-as criarem formas livremente. Ainda assim, o Clos Normand se tornou um jardim cheio de perspectivas, cores e simetrias.







A verdade é que tudo nos remetia ao pintor, seu estilo de vida, sua obra. Durante todo o tempo a gente ficava imaginando o artista em plena atividade, com a mão na massa, pintando ou plantando. A gente tinha a impressão de que a qualquer momento ia encontrar Monet pelos caminhos dos jardins. Um sonho!!


JARDIM AQUÁTICO JAPONÊS

Rumo à fantástica ponte japonesa, no jardim aquático, mais uma mostra da genialidade de Monet. Ali, o artista plantou salgueiros, bambus, íris, juncos e arbustos japoneses. Tudo para reforçar o clima oriental.  
 Monet contou com a ajuda de 10 jardineiros e 3 motoristas para criar os dois jardins. Mesmo assim, permitiu que a natureza se encarregasse da beleza e estética visual do lugar.
 O jardim aquático fica num terreno comprado por Monet em 1893, dez anos depois de sua chegada a Giverny. O terreno é cortado por um pequeno riacho, o Ru, afluente do Epte, por sua vez, afluente do Sena.
 Somente no Jardim d'Água, Monet pintou mais de 272 obras catalogadas, durante 20 anos de trabalho. Os barcos, que ainda hoje estão lá, eram utilizados como apoio na manutenção e limpeza das águas. Num lugar como esse, de pura inspiração, Monet não precisava de mais nada, concordam?
 "Estas paisagens refletidas tornaram-se para mim uma obrigação que ultrapassa as minhas forças, que são de um velhote. Mas, mesmo assim, quero chegar ao ponto de reproduzir aquilo que sinto... e espero que estes esforços sejam coroados de êxito." VOCÊ CONSEGUIU, MONET!!!
 Monet dizia que seu dinheiro ia todo em seus jardins. Dinheiro muito bem empregado, diga-se de passagem.
A partir de 1900 até a sua morte Monet pintou a série Ninfeias, num total de dezenove painéis. E pensar que as mesmas ninfeias foram, no início, motivo de reclamações da vizinhança que achava que as plantas poderiam envenenar a água... 
A ponte de madeira que atravessa o lago é inspirada no Japão, país que Monet amava. A única diferença era que o artista usou o verde ao invés do vermelho tradicional. Queria ele que as pessoas logo reconhecessem as obras como suas quando vissem a cor da ponte. Coisa de gênio.
Paisagem, clima, modelo (maridão posando feliz), tudo lindo, tudo harmonioso, tudo encantador demais. E eu num lugar como esse, com o homem que amo, no dia do aniversário dele, não queria mais nada da vida. Eu era a felicidade em forma de gente.

 "E quando finalmente, paramos lá no meio da ponte, eu fiquei tão emocionada que meus olhos se encheram d'água." As palavras de Lineia no livro Lineia no Jardim de Monet traduzem com perfeição tudo o que senti: muita emoção ao realizar um sonho de criança. Lineia, eu também chorei nessa ponte.

Soubemos depois, que na maioria dos dias a ponte fica tão lotada que muitas vezes não se consegue tirar uma foto sequer. Mais um ponto positivo para o dia chuvoso, que espantou os menos corajosos e deixou os Jardins de Monet inteirinhos para nós e outras poucas pessoas que encararam o mau tempo. Eu não falei que ter ido num dia assim tinha sido uma bênção?

A CASA DE CLAUDE MONET

Aqui, Monet viveu por 43 anos, de 1883 a 1926, quando morreu. " Estou em êxtase, Giverny é um lugar lindo para viver em família", escreveu o artista a um amigo logo que mudou para a casa. Nós também estávamos em êxtase, querido Monet.
A trilha colorida nos leva a uma casa repleta de azuis, amarelos, verdes. É que Monet usava cores variadas tanto em suas obras como em sua casa. Aliás, a casa é o reflexo de Monet. E mais uma vez a gente se teletransporta para aquela época e fica imaginando o pintor usando cada cantinho simpático daquela residência, que diga-se de passagem, é de extremo bom gosto.
 Na casa, o pequeno hall de entrada dá diretamente no ateliê do artista. Ali Monet pintava pequenas telas e a gente se deslumbra com o ambiente totalmente preservado. O que mais gostei? As pantufas gastas do pintor, com muitos pingos de tinta. Temos também acesso aos dois andares, cozinha, sala de estar, sala de jantar, quartos e banheiros. Tudo como o pintor deixou. Uma volta ao passado.
 O interior da casa não pode ser fotografado, exceto por uma pequena janela do quarto do artista, com visão para um lindo jardim. Juro que se a foto tivesse ficado boa eu teria colocado aqui. Sorry.
 Monet foi um felizardo por ter tido condições (e que condições) de viver da sua arte. Que sorte a nossa de ter visto tudo isso de perto!!!
 José ficou em estado de graça quando entrou na cozinha azul com móveis amarelos muito simples, cortininhas xadrez, panelas de cobre, louça pintada à mão pelo próprio artista. Queria ter podido fotografar o encantamento dele naquela cozinha. Uma imagem que ficará na lembrança.
 A cortininha xadrez dá charme à cozinha. Nessa escadinha, Monet costumava sentar com a família.


Desde muito nova eu ficava imaginando como alguém poderia ter feito algo tão lindo e significativo. Depois que fui a Giverny eu consegui compreender. Ficamos muito felizes por chegarmos tão perto da vida do artista, que com suas pinceladas marcou o mundo das artes. Só quando se vai a Giverny é possível compreender a obra dele. Cada recanto a gente associa a uma de suas telas. Aliás, o lugar é uma obra viva. Na saída, uma dúvida martelava a minha cabeça: CLAUDE MONET ERA UM PINTOR QUE JARDINAVA OU UM JARDINEIRO QUE PINTAVA? A dúvida me persegue até hoje.

Chegamos em casa, hora de continuar com as comemorações do aniversário do meu amor e nada melhor do que juntar uma galera brasileira no apartamento parisiense dos amigos Ed e Márcia para o jogo Brasil X Alemanha. Sim, aquele, do 7 X 1.

                             Se você pensa que o desenrolar do jogo nos desanimou, a resposta é NÃO.

                                              Os bolos do ilustre aniversariante do dia.

                                         Adivinhem de quem foi o primeiro pedaço?



Um ano depois, é dia de comemorarmos mais uma vez a vida do homem que faz de mim uma mulher melhor. A cada dia, todo dia.
 José, das certezas que tenho na vida, uma delas é que TINHA QUE SER VOCÊ. NASCI PARA SER SUA. Parabéns, meu amor. Que venham os próximos 61 anos. TE AMO!!!
                       
                                                                         
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