quarta-feira, 8 de julho de 2015

PELO MUNDO AFORA: PARTE 1 - GIVERNY

 Quem me conhece sabe que viajar é um dos meus grandes prazeres. Quando nós ( eu e o marido) decidimos o roteiro logo começo a estudar o(s) lugar(es) detalhadamente. Para cada destino, uma agenda repleta de dicas, opções, informações, endereços, sem contar com a parte histórica, of course. Ao longo da viagem, mais anotações e a seleção do que vai para a "MINHA AGENDA VERDE", ou seja, tudo o que foi bom e merece destaque. Sim, eu sou a louca dos registros, mas quer saber? Super funciona!

Em julho do ano passado (tô sentindo um clima saudosista neste post) resolvemos comemorar o aniversário de sessenta anos do meu amor com mais uma viagem à França. Na preparação, fiz apenas duas exigências: visitar Lisieux, cidade de Santa Terezinha do Menino Jesus, numa homenagem ao meu pai, e passar o 8 de julho nos Jardins de Monet. Portanto, hoje faz exatamente 1 ano desse passeio. Entenderam o motivo do post?

Tinha que ser nesse dia? SIM! Eu queria que a data do aniversário fosse marcante, inesquecível e nada melhor para isso que Giverny, meu sonho desde criança quando li o livro Lineia no Jardim de Monet. Mal sabia que a data também seria marcada pelo fatídico jogo do 7X1, lembram? Abafa o caso!!!!!

E foi assim, que há exatamente 1 ano saímos para a Gare Saint Lazare, estação ferroviária e ponto de partida para os mais lindos jardins que vi na vida. DICA 1: Chegamos cedo à estação e compramos as passagens Paris - Vernon para o trem das 10h20 (a viagem dura cerca de 50 min e os trens partem de 2 em 2h entre 8h20 e 12h20) , assim tivemos tempo para circular pelas várias lojinhas do lugar (tem Sephora, Lacoste, só para citar algumas) e ainda se esbaldar no Starbucks de lá. Afinal, estávamos de férias, curtindo adoidado. DICA 2: Para não ficar com as sacolas das compras, vale muito a pena alugar um maleiro na própria estação.

GARE SAINT LAZARE - A escultura L'Heure de Tous, com vários relógios em bronze, do artista francês Arman, de 1985, fica na praça em frente à estação.

No trem, entre paisagens de perder o fôlego. Aliás, Monet estava em um trem quando se encantou com o que viu pela janela e decidiu descer em Vernon para naquelas redondezas morar. Estava dada a largada para os encantadores jardins, eternizados em suas obras.


De Vernon para Giverny são cerca de 7 km que a gente pode fazer a pé, em bicicleta alugada na própria estação ou de ônibus. Pagamos  pelo bilhete ida e volta 4 euros por pessoa. A passagem é vendida pelo(a) próprio(a) motorista. Gostaria de ter feito o percurso a pé (apenas 5 minutinhos), mas estava chovendo muito quando lá chegamos. Se você pensa que a chuva estragou o passeio, eu logo aviso que ela foi uma bênção. Depois explico.

                         A placa indica: Estamos no caminho certo. Falta pouco para vivermos um sonho.

        O caminho já é de tirar o fôlego. Imagina a emoção de alguém como eu, que sempre sonhei em        conhecer o lugar!!!                              

         Ônibus que nos levou de Vernon a Giverny. O maridão em pose totalmente sex, SEXagenária,
rsrsrs.

       Preparando o coração para uma emoção indescritível. Um dos lugares mais lindos que eu já vi.

Giverny é uma charmosa cidade de apenas 500 habitantes. Impossível não ficar tocado(a) com a paz e a tranquilidade do lugar. Isso sem falar na diversidade e exuberância da flora local. Essa casinha foi motivo de ideias entre nós. Brincamos dizendo que ela bem que podia ser nossa para finais de semana de relax, leitura, bons vinhos e muito amor. QUEM DERA!!!


Giverny tem nos arredores da propriedade do artista, pequenos ateliês e um antigo hotel, o ANCIEN BAUDY, na rua Claude Monet, onde a gente pode parar para tomar um drinque ao ar livre e jogar conversa fora. É claro que fizemos isso, mas na volta. Você acha que a ansiedade ia me deixar pensar
em qualquer outra coisa que não fosse conhecer a propriedade? Nem pensar!! Nessa hora eu já tirava o lencinho da bolsa.

Tudo é lindo, bucólico, integrado. A impressão que temos é de que Giverny inteira é uma coisa só. Os moradores da região fizeram questão de preservar e dar continuidade ao projeto de Monet. É tudo tão lindo que piscar os olhos nos parece perda de tempo.


Compramos os ingressos por 9,50 euros que nos deu direito a conhecer os jardins, a casa e o ateliê do artista (hoje, a lojinha da Fundação Claude Monet). Por causa do tempo, as filas estavam pequenas, o que não acontece em dias ensolarados. O bom foi que tão logo chegamos lá, a chuva cessou, dando lugar a um sol escaldante. Maravilha!!!!

A entrada e a saída da propriedade acontecem pela lojinha de souvenirs, é claro. Aqui, a lojinha (tudo caríssimo, por sinal) fica onde nos tempos de Monet era o seu ateliê para a pintura de grandes painéis. Há inclusive várias reproduções das imensas obras, para termos uma noção de como era naquela época.


A entrada no parque propriamente dito, se dá pelo CLOS NORMAND, o jardim anexo à casa. Já fui chorando daí.
    JARDIM CLOS NORMAND - O nome faz referência a um pomar de maçãs cercado por muralhas. Esse era originalmente o aspecto do jardim antes do artista plantar ali abundantes flores de infinitas cores.


A partir desse ponto foi só deslumbramento, encantamento, lágrimas de emoção, vontade de explorar o lugar ao máximo. Mas isso é assunto para o próximo post, até já. BEIJOS!!!

                                                          insta: @minhaagendaverde
                                                          Face: Minha Agenda Verde

Nenhum comentário:

Postar um comentário